A Câmara de Loures, por sua vez, declarou não ter sido ainda notificada de qualquer decisão do Tribunal Administrativo de Lisboa.

A autarquia alega que as construções foram erguidas por ocupantes que já tinham sido alvo de intervenção e que uma das famílias já tinha recebido apoio económico para arrendamento, uma afirmação que o Movimento Vida Justa classifica como “uma mentira”. Segundo Kedy Santos, as famílias que estão a reerguer as suas habitações são as mesmas que têm vivido em tendas desde as últimas demolições e enfrentam enormes dificuldades em encontrar alternativas no mercado de arrendamento com os valores de apoio oferecidos pela câmara, que considera insuficientes. Este impasse evidencia o conflito entre a política de erradicação de construções ilegais e a crise de habitação que afeta as populações mais vulneráveis.