Os dados oficiais confirmam a tendência de aquecimento do mercado. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o Índice de Preços da Habitação cresceu 16,3% no primeiro trimestre de 2025. Em julho, a mediana da avaliação bancária, um indicador crucial para a concessão de crédito, atingiu um novo máximo histórico de 1.945 euros por metro quadrado, o que representa um aumento de 18,7% em relação ao mesmo mês de 2024.
Esta subida reflete não só a perceção de valor por parte dos bancos, mas também a pressão da procura sobre uma oferta insuficiente. A análise de dados de portais imobiliários, como o Imovirtual, corrobora esta realidade, indicando que o preço médio de venda de imóveis em Portugal subiu para 426.000 euros em agosto, uma valorização anual de 15%. A subida é particularmente acentuada em alguns distritos fora dos grandes centros urbanos, com Viseu a registar um aumento homólogo de 26% e Aveiro de 21%.
Esta dinâmica demonstra que a pressão sobre os preços não se limita a Lisboa e Porto, alastrando-se a outras regiões do país e dificultando o acesso à habitação a uma escala nacional.













