Esta proeminência reflete a crescente pressão que os cidadãos sentem em todo o país.

A inacessibilidade da habitação, antes um problema concentrado nos grandes centros urbanos, tornou-se uma preocupação generalizada, obrigando os candidatos locais a posicionarem-se com soluções concretas.

Em Fafe, a candidata da CDU, Carmo Cunha, denunciou que "as rendas estão extremamente caras, a oferta para arrendar é pouca" e que o mercado é "inacessível para o bolso das pessoas".

Em Esposende, a mesma coligação, pela voz de Joana Santana, propõe "travar a especulação imobiliária" e implementar medidas para fomentar a habitação pública.

Em Oliveira de Azeméis, o candidato do Livre, Ricardo Praça Costa, defende o incentivo a "cooperativas habitacionais" e a criação de um "banco municipal de casas vazias". Já em Évora, o candidato da Aliança Democrática, Henrique Sim-Sim, apresentou um "Programa Integrado de Regeneração de Évora" (PIRÉ), com um forte eixo na habitação, a ser submetido a financiamento europeu. Em Câmara de Lobos, o candidato do JPP, Miguel Ganança, anunciou estar a preparar um "plano habitacional" para o concelho. Esta convergência temática demonstra que a habitação deixou de ser uma questão de nicho para se tornar um fator decisivo no voto local, pressionando os futuros autarcas a assumirem um papel mais ativo na resolução da crise.