Desde a reabilitação de fogos municipais à conversão de edifícios e desagravamentos fiscais, estas iniciativas locais procuram dar respostas pragmáticas a um problema de escala nacional.

Perante a lentidão das respostas centrais, o poder local tem assumido um papel cada vez mais interventivo.

A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, por exemplo, lançou um concurso público para a reabilitação de fogos do seu parque habitacional, visando melhorar as condições de vida dos seus munícipes. Numa escala mais pequena, mas igualmente simbólica, a União de Freguesias de Azambujeira e Malaqueijo, no concelho de Rio Maior, decidiu transformar um edifício projetado para ser um posto médico, e que se encontrava ao abandono, numa habitação social destinada a jovens.

Esta ação visa combater a desertificação e responder à falta de casas acessíveis.

No campo fiscal, a Câmara de Oliveira do Hospital aprovou, pelo segundo ano consecutivo, uma redução da taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), aliviando o encargo para os proprietários.

Em Funchal, a coligação PSD/CDS no poder municipal afirma que a sua política fiscal já permitiu que mais de 200 jovens adquirissem habitação.

Estas ações, embora dispersas e de impacto localizado, demonstram uma crescente consciencialização e proatividade por parte das autarquias na procura de soluções para a crise habitacional, utilizando as ferramentas ao seu dispor.