O plano do primeiro-ministro, Luís Montenegro, assenta em várias frentes. Para além do financiamento, prevê-se uma mobilização do património imobiliário do Estado que se encontra subutilizado. O Governo dará um prazo às entidades públicas para justificarem os imóveis não utilizados, caso contrário, estes serão transferidos para a Estamo, a empresa gestora do imobiliário estatal, com o objetivo de os reabilitar, arrendar ou vender. Outra medida central é a criação de uma "ficha única digital" por imóvel, que agregará toda a documentação certificada, com o objetivo futuro de integrar a matriz predial e a descrição predial, simplificando drasticamente os processos burocráticos para os cidadãos. O plano redefine também as funções das entidades públicas, atribuindo ao Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) um papel de coordenação e regulação, enquanto o Banco Português de Fomento será o parceiro para o financiamento.
A execução e gestão do património público ficará a cargo das autarquias locais, uma medida que Montenegro resumiu com a expressão "cada macaco no seu galho", sublinhando a necessidade de cada entidade cumprir a sua missão específica.
O primeiro-ministro reconheceu que o desafio é "gigante", mas garantiu que, embora demore "alguns anos", os resultados surgirão.













