Este potencial aumento, que se segue a subidas significativas nos últimos anos, ameaça agravar a já elevada pressão financeira sobre os inquilinos num mercado de arrendamento historicamente caro.

O coeficiente de atualização anual das rendas é calculado com base na variação média dos últimos 12 meses do índice de preços no consumidor, excluindo a habitação, apurado em agosto.

Embora o valor definitivo só seja confirmado a 10 de setembro, a estimativa rápida aponta para 2,25%.

Este aumento soma-se a uma atualização de 2,16% em 2025 e a uma subida expressiva de 6,94% em 2024, resultando num aumento acumulado superior a 11% em apenas três anos.

Esta escalada contínua dos preços, permitida pelo Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU), coloca enormes dificuldades às famílias, cujo poder de compra não tem acompanhado esta evolução.

Após a publicação do valor final em Diário da República, os senhorios poderão comunicar o aumento aos inquilinos, que se tornará efetivo 30 dias depois.

Esta nova subida surge num contexto de crise habitacional, onde o acesso a uma casa arrendada a preços comportáveis é um dos maiores desafios para os portugueses.