Distritos como Beja e Guarda, que enfrentam desafios de desertificação e envelhecimento populacional, receberam apenas "algumas dezenas de fogos".

Esta disparidade na distribuição dos fundos do PRR é criticada por perpetuar e até agravar as assimetrias regionais.

Em vez de utilizar o programa como uma ferramenta para promover um desenvolvimento equilibrado e fixar população no interior, a estratégia parece estar a reforçar a centralização. A análise da jornalista Mariana Coelho Dias no podcast "Economia dia a dia" do Expresso sublinha como esta abordagem falha em responder às necessidades específicas do interior, onde a falta de habitação acessível também é um obstáculo à atração de novos residentes e à revitalização económica. A política de habitação do Estado, mesmo com os fundos europeus, continua a deixar para trás grande parte do território nacional.