Esta descida paradoxal deve-se ao mecanismo de revisão dos contratos, que compara os valores atuais com os picos mais elevados registados no ano anterior.
As simulações da DECO Proteste ilustram este efeito.
Para um empréstimo de 150.000 euros a 30 anos, indexado à Euribor a 12 meses, a prestação de setembro descerá 88,88 euros, passando de 730,55 para 641,67 euros. O alívio é menos pronunciado para os prazos mais curtos: com a Euribor a seis meses, a redução será de 31 euros, e com a Euribor a três meses, a descida é de apenas 5,36 euros. Este fenómeno ocorre porque a revisão anual ou semestral utiliza a média da Euribor do período anterior, que, para os contratos revistos agora, ainda é inferior aos valores de há um ano.
No entanto, os artigos alertam que esta é uma situação transitória.
Com a interrupção das descidas das taxas de juro pelo Banco Central Europeu e a recente inversão da tendência de queda das Euribor, é expectável que este alívio se esgote nas próximas revisões, podendo as prestações estabilizar ou voltar a subir se as taxas continuarem a sua trajetória ascendente.













