A escassez de casas a preços comportáveis transformou-se num entrave ao desenvolvimento regional e à coesão territorial.
No Algarve, um dos principais motores da economia nacional, a falta de habitação para os trabalhadores do setor do turismo tornou-se um problema crítico.
Empresários da região relatam dificuldades crescentes em contratar e reter mão-de-obra qualificada, uma vez que os potenciais funcionários não conseguem encontrar alojamento a preços compatíveis com os seus salários.
Esta carência de trabalhadores afeta diretamente a qualidade do serviço e a competitividade do destino turístico. Simultaneamente, no interior do país, a falta de habitação surge como um dos principais obstáculos à fixação de novos residentes. Em concelhos de baixa densidade como Penedono, a ausência de uma oferta habitacional adequada impede a atração de famílias e jovens, perpetuando o ciclo de despovoamento e estagnação económica.
Esta dupla realidade demonstra que a crise da habitação não é apenas um problema social confinado às metrópoles, mas sim uma barreira estrutural ao crescimento económico e à coesão de todo o território nacional.













