Este aumento solidifica a posição de Lisboa como a cidade mais cara do país, evidenciando as crescentes dificuldades de acesso à habitação a nível nacional.
De acordo com o relatório do portal imobiliário Idealista, o custo mediano para adquirir habitação em Portugal atingiu 2.951 euros por metro quadrado (m²).
A tendência de valorização não é uniforme, com disparidades significativas entre regiões.
As maiores subidas homólogas ocorreram na Região Autónoma dos Açores (17,3%), no Alentejo (16,4%) e na Região Autónoma da Madeira (13,2%).
Lisboa continua a ser a cidade mais dispendiosa, com um preço médio de 5.866 euros/m², seguida pelo Porto (3.811 euros/m²) e Funchal (3.755 euros/m²). Em contrapartida, as cidades mais económicas são a Guarda (962 euros/m²), Bragança (1.007 euros/m²) e Beja (1.300 euros/m²), embora esta última tenha registado uma das subidas anuais mais acentuadas (33%).
A análise distrital revela que a maioria dos territórios registou aumentos superiores a 10%, com a ilha de Porto Santo a liderar com uma valorização de 23,9%. Apenas Bragança registou uma descida marginal de 1%. Esta dinâmica de preços reflete uma crise de acessibilidade que se agrava, pressionada por uma oferta insuficiente face à procura crescente, tanto de compradores nacionais como internacionais.
A contínua escalada dos valores imobiliários coloca desafios estruturais às famílias portuguesas, tornando o acesso à habitação uma das principais preocupações sociais e económicas do país.













