Esta informação contradiz as declarações iniciais do chefe do Governo, que negara ter-se oposto à divulgação, gerando uma polémica sobre transparência e segurança.

Num esclarecimento ao Correio da Manhã, a EpT explicou que, embora o pedido de oposição de Luís Montenegro incidisse apenas sobre as matrizes dos seus seis prédios urbanos, a plataforma informática, por “razões de segurança”, funciona por campos e não por registos individuais. Assim, ao ocultar a informação de um campo, ocultou a de todos os imóveis, incluindo os 49 rústicos. O gabinete do primeiro-ministro corrigiu posteriormente a declaração inicial, confirmando que o pedido de oposição foi feito “tão somente a seis imóveis urbanos que constituem a sua morada de residência habitual e as moradas de residências da família mais próxima”, justificando-o com “questões de segurança”. O caso levantou um debate sobre os limites da transparência para titulares de cargos políticos e a eficácia dos mecanismos de controlo.

O Chega já anunciou que vai questionar tanto o primeiro-ministro como a Entidade para a Transparência para esclarecer o sucedido, enquanto a polémica continua a marcar a atualidade política.