A medida revela-se particularmente influente nas regiões do interior, onde os preços mais acessíveis facilitam a sua aplicação sem sobrecarregar a taxa de esforço dos compradores. Desde a sua implementação em janeiro, foram assinados mais de 13 mil contratos ao abrigo desta garantia, totalizando cerca de 2,5 mil milhões de euros. Dados do Banco de Portugal mostram que o peso da medida é maior em sub-regiões como o Alto Alentejo (56,16%) e a Beira Baixa (51,88%), contrastando com a Grande Lisboa (32,32%), onde os preços elevados da habitação dificultam a aprovação de créditos mesmo com a garantia estatal. O financiamento a 100% é aplicado sobre o menor valor entre a avaliação do imóvel e o preço de aquisição, o que significa que, se a avaliação for inferior, os jovens ainda necessitam de capitais próprios para a entrada. Apesar de aliviar a necessidade de poupança inicial, esta modalidade resulta numa prestação mensal e num montante total de juros mais elevados a longo prazo, um fator que os jovens devem ponderar ao optar por esta solução governamental.