A escalada de preços, que se aproxima de máximos históricos, agrava a crise de acessibilidade e reflete uma forte pressão da procura, tanto interna como externa. De acordo com o Global House Price Index da consultora Knight Frank, Portugal registou a terceira maior subida mundial no preço das casas, com um aumento de 14,8% em termos reais (descontando a inflação) e de 16,9% em termos nominais.

Esta valorização coloca o país apenas atrás da Turquia e da Macedónia do Norte.

Outros dados reforçam esta tendência, com um relatório a indicar que o preço médio de venda atingiu 3.644 euros por metro quadrado em julho, uma subida de 20,6% que aproxima os valores de recordes históricos. A valorização é transversal, com o Alentejo a registar um aumento de 16,4% em agosto. A atratividade de Portugal para investidores internacionais e compradores de segunda residência é apontada como um dos principais motores desta dinâmica. No entanto, a procura interna por parte de compradores mais exigentes também contribui para a pressão sobre os preços, num mercado onde a oferta continua a ser insuficiente para responder às necessidades.