Esta subida homóloga de 3,3%, conforme o índice de preços do idealista, reflete a persistente escassez de oferta e a elevada procura, tornando o acesso a uma habitação arrendada um desafio crescente. A análise regional revela dinâmicas distintas, mas com uma tendência geral de subida.
No Sul do país, o valor médio das rendas fixou-se em 1.080 euros, um aumento de 12% face a 2024.
Distritos como Portalegre registaram a maior subida homóloga (+40%), enquanto Faro se manteve como o mais caro da região, com uma renda média de 1.300 euros. Em Beja, apesar de uma quebra homóloga de -7%, a renda média subiu 17% num só mês, para 700 euros. Esta pressão sobre os preços é uma preocupação central para as associações de inquilinos e para os partidos políticos.
A Associação dos Inquilinos Lisbonenses (AIL) destaca o “crescente valor das rendas” como um dos principais problemas a resolver, propondo medidas fiscais para aliviar o esforço dos arrendatários no Orçamento do Estado para 2026.
A dificuldade em encontrar arrendamento acessível é também um tema recorrente nas campanhas autárquicas, com candidatos como Luís Fonseca, do Bloco de Esquerda em Espinho, a propor a criação de um fundo municipal para promover o “arrendamento acessível”. A crise afeta particularmente os professores deslocados, levando o BE/Açores a apresentar uma proposta de apoio ao arrendamento para esta classe profissional, espelhando a complexidade de um problema que exige respostas transversais e urgentes.













