A crise da habitação emergiu como um dos temas centrais e mais transversais nas campanhas para as eleições autárquicas de 12 de outubro. De norte a sul do país, candidatos de diferentes espectros políticos apresentam propostas para combater a falta de casas, os preços exorbitantes e a dificuldade de fixação de jovens e famílias. Em Arcos de Valdevez, o candidato da CDU, Ricardo Coelho, denuncia a impossibilidade de alugar ou comprar casa devido aos “preços completamente exorbitantes”. Em Barcelos, o candidato do ADN, Rui Silva, foca-se na necessidade de criar “habitação jovem e acessível”. A mesma preocupação é partilhada em Loulé, onde o candidato do Volt, Carlos Santos, coloca a habitação como a sua proposta central para fixar a população.
No norte, em Paramos (Espinho), tanto o candidato do PSD, Luís Martins, como o da CDU, Joaquim Almeida, criticam a “ausência de soluções habitacionais” e o “marasmo instalado” que impede o desenvolvimento da freguesia.
A falta de resposta à crise é um argumento recorrente contra os executivos em funções, com os candidatos da oposição a prometerem uma nova abordagem.
As soluções propostas variam, desde a criação de fundos municipais para o arrendamento acessível, como defende o Bloco de Esquerda em Espinho, até à aposta em soluções modulares e na disponibilização de terrenos municipais para construção. Este foco generalizado na habitação reflete a crescente pressão social sobre as autarquias para que assumam um papel mais ativo na resolução de um problema que afeta diretamente a qualidade de vida e o futuro das suas comunidades.
Em resumoA crise habitacional é um tema central nas campanhas autárquicas de 2025. Candidatos de vários partidos, de Arcos de Valdevez a Loulé, apresentam propostas para combater os preços elevados e a falta de casas, prometendo soluções como habitação acessível e fundos municipais.