Esta valorização acentuada, embora benéfica para os investidores, agrava a crise de acessibilidade para a maioria da população, motivando novas respostas políticas para aumentar a oferta de habitação a custos controlados.
Os dados apresentados num dos artigos são inequívocos: em julho de 2025, o preço das casas registou uma subida homóloga de 20,6%, um valor que evidencia a intensa pressão sobre o mercado. Este fenómeno tem um impacto direto no setor financeiro, com o valor sob gestão dos fundos de investimento imobiliário a crescer 23% num ano, atingindo cerca de 18,5 mil milhões de euros. Este crescimento é impulsionado não só pela valorização dos ativos existentes nas suas carteiras, mas também pela criação de novos fundos e sociedades de investimento coletivo (SIC), que veem no imobiliário português uma oportunidade de retorno significativo.
Perante esta realidade, que dificulta o acesso à habitação, surgem iniciativas para mitigar a crise.
Um dos artigos destaca a disponibilização de uma linha de crédito de 1.340 milhões de euros do Banco Europeu de Investimento (BEI), destinada a financiar os municípios na construção e reabilitação de aproximadamente 12 mil habitações para arrendamento acessível. Este programa, que complementa os fundos do PRR, estará disponível até 2030 e visa colmatar a escassez de oferta pública, que, segundo um artigo, representa apenas cerca de 2% do parque habitacional nacional.













