Custos de construção de habitação nova aceleram para 4,8%, o valor mais elevado em mais de dois anos
Os custos de construção de habitação nova registaram um aumento homólogo de 4,8% em julho, uma aceleração significativa face ao mês anterior e o valor mais elevado desde março de 2023. Esta subida é impulsionada principalmente pelo expressivo aumento do custo da mão de obra, que agrava os desafios de acessibilidade e de aumento da oferta no setor imobiliário. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a componente da mão de obra foi a que mais contribuiu para esta escalada, com um aumento de 8,9%, representando 4,0 pontos percentuais da taxa de variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN). O preço dos materiais, por sua vez, registou uma subida mais contida de 1,5%, contribuindo com 0,8 pontos percentuais para o índice. Entre os materiais que mais influenciaram positivamente a variação agregada do preço estão os vidros e espelhos, com uma subida de cerca de 30%, e os aparelhos de climatização, com um aumento a rondar os 15%. Em sentido oposto, destacaram-se as descidas de preço na chapa de aço macio e galvanizada (cerca de 15%) e nas tubagens de aço e ferro fundido (cerca de 10%). A taxa de variação mensal do ICCHN também acelerou para 0,7%, superior em 0,3 pontos percentuais à de junho, com a mão de obra a subir 1,1% e os materiais 0,3%. Esta conjuntura revela um dos principais constrangimentos do lado da oferta na crise da habitação: mesmo com vontade política e investimento para construir, os custos crescentes tornam cada vez mais difícil a criação de habitação a preços acessíveis, refletindo-se inevitavelmente no valor final para os compradores e arrendatários.



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A caixa Re:Boxed, feita de resíduos descartados dos rótulos, surpreendeu, em Londres, os produtores e os distribuidores de todo mundo no evento Sustainability In Drinks.Re:Boxed é a primeira caixa de transporte de vinho do mundo produzida a partir da reciclagem da fita dos rótulos.Uma boa caixa de vinho deverá ser resistente para suportar o peso das garrafas e protegê-las contra os embates e as alterações de temperatura. Essas são as características obrigatórias que terão de ser cumpridas por produtores e distribuidores. A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), no entanto, foi mais longe e desenvolveu o projeto Re:Boxed. É a primeira caixa de transporte de vinho do mundo produzida a partir da reciclagem da fita dos rótulos.O papelão duplo ondulado ou espuma de poliestireno (esferovite) são as opções mais comuns no fabrico de embalagens para transportar os vinhos. Mas, ao usar um material cujo destino convencional é o aterro ou as incineradoras, a CVRA superou mais um obstáculo ambiental.O impacto ambiental de um simples rótuloO Re:Boxed é o resultado de um projeto pioneiro que pretendeu mostrar como as indústrias do vinho e do papel podem fazer ainda mais para percorrer o caminho da economia circular.O papel revestido com camadas de silicone é utilizado nos rótulos dos vinhos, conferindo-lhes propriedades antiaderentes, resistência à humidade, gordura e calor.Esse mesmo material, depois descartado, não tinha qualquer outra utilidade até ter sido utilizado no projeto que, desde o início do ano, já reaproveitou 14 toneladas destes resíduos.Se estendêssemos as fitas adesivas utilizadas, em 2024, nos rótulos de vinhos do Alentejo, teríamos mais de 20 mil quilómetros de comprimento. Essa é a imagem que a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana nos dá para termos uma ideia do impacto ambiental. Artigo relacionadoOs vinhos da Madeira: um legado que une tradição à inovaçãoA distância é também ela abstrata a não ser que fiquemos a saber que equivale a percorrer um trajeto tão longo como ir do Alentejo à Nova Zelândia.A estreia em LondresA iniciativa, desenvolvida em parceria com a empresa Partícula Verde, foi oficialmente apresentada em Londres no Sustainability In Drinks (SID), durante a última semana de outubro. A apresentação oficial da embalagem Re:Boxed foi feita no evento internacional Sustainability In Drinks, que decorreu em Londres. Foto: Sustainability In DrinksO evento com foco na sustentabilidade juntou especialistas, decisores políticos e produtores de todo o mundo que debateram os desafios ambientais enfrentados no setor das bebidas. Versátil para todas as ocasiõesO projeto pioneiro, desenvolvido no Alentejo, envolve toda a região e o objetivo é oferecer uma opção versátil para todas as circunstâncias. A CVRA pretende, por isso, disponibilizar aos produtores alentejanos o Re:Boxed como uma alternativa de embalagem e transporte nacional e internacional de vinhos tanto em vendas online como em eventos de enoturismo ou concursos de vinhos.“Esta iniciativa reforça a bandeira da sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo e posiciona a região ao nível internacional enquanto um dos maiores exemplos de resiliência face aos desafios climáticos”, congratulou-se em comunicado a comissão vitivinícola.Artigo relacionadoAlto Douro Vinhateiro premiado pela 'Wine Enthusiast’. Um prémio que “honra o trabalho de gerações”, diz o IVDPO projeto integra o Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA), criado em 2015, que conta atualmente com mais de 700 membros e representa cerca de 63% da área de vinha da região. Entre estes, 27 produtores estão já certificados com o selo de produção sustentável reconhecido internacionalmente.Com uma tradição vinda desde os romanos, o Alentejo é o maior produtor nacional de vinhos em volume. Foto: João Fructuosa via PixabayA CVRA, criada em 1989, é responsável pela proteção e defesa da Denominação de Origem Controlada (DOC) Alentejo e da Indicação Geográfica Alentejano, certificação e controlo da origem e qualidade, promoção e fomento da sustentabilidade dos vinhos e do setor vitivinícola do Alentejo.

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