O encontro sublinha a crescente centralidade da crise habitacional no debate político nacional, sendo reconhecida como uma "chaga social" que afeta a dignidade humana. No final do encontro, que decorreu na sede da CEP em Lisboa, António José Seguro afirmou aos jornalistas que a pobreza é "um problema grave" que o país não conseguiu resolver em 50 anos de democracia, e que a habitação foi um dos temas centrais da conversa. Segundo o candidato, houve "muita convergência quanto à necessidade de resolvermos problemas para que, de facto, as famílias em Portugal possam ter uma melhoria na sua qualidade de vida".

Ao reconhecer o "papel muito relevante" da Igreja na área social, Seguro posiciona a crise da habitação não apenas como um problema económico, mas como uma questão de dignidade e coesão social, alinhando-se com as preocupações manifestadas por instituições da sociedade civil. A inclusão do tema da habitação na sua agenda de encontros de alto nível, como este com a liderança da Igreja Católica em Portugal, demonstra a intenção de tratar a matéria como uma prioridade nacional, que exige consensos e políticas públicas diferenciadas.