Em Lisboa, o caso do Palácio da Baronesa, um edifício do século XVI no Largo Conde-Barão, é emblemático.
A cadeia hoteleira holandesa The July adquiriu o imóvel para o transformar num aparthotel de luxo com 88 unidades, num investimento de 29 milhões de euros, com inauguração prevista para 2026.
Na mesma cidade, o Palácio Almada Carvalhais será convertido num novo hotel da cadeia Vila Galé.
No Porto, uma antiga fábrica de chocolate na Rua Formosa dará lugar ao BOHOPO Formosa, um hotel boutique.
Estes projetos seguem um padrão de reabilitação de edifícios icónicos, preservando as suas fachadas, mas alterando o seu uso de residencial ou industrial para turístico. Embora estas intervenções evitem a ruína de edifícios históricos e criem emprego, contribuem para a gentrificação e para a redução do stock de imóveis disponíveis para habitação permanente, alimentando o debate sobre o modelo de desenvolvimento urbano e o equilíbrio entre turismo e o direito à cidade para os seus residentes.














