Esta subida, que representa uma aceleração face ao ano anterior, terá um impacto direto no orçamento das famílias portuguesas num contexto de crise habitacional.
A atualização anual das rendas é calculada com base na variação média do índice de preços, excluindo a habitação, nos últimos 12 meses até agosto.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou que este valor se fixou em 2,24%, uma ligeira revisão em baixa face à estimativa rápida de 2,25% divulgada no final de agosto. Este coeficiente representa uma aceleração em relação à taxa de 2,16% que foi aplicada às rendas em 2025, sinalizando uma contínua pressão sobre os custos de habitação para os inquilinos. A confirmação deste valor é um passo crucial para senhorios e arrendatários, que aguardam a sua publicação oficial para poderem ajustar os contratos.
O processo legal estipula que o valor efetivo da atualização seja publicado em Diário da República até 30 de outubro.
Só após essa publicação é que os proprietários poderão comunicar o aumento aos seus inquilinos, sendo que a subida só se tornará efetiva 30 dias após essa notificação.
Este mecanismo legal procura equilibrar os interesses de ambas as partes, mas num cenário de crescente dificuldade no acesso à habitação, qualquer aumento, por menor que seja, agrava as dificuldades sentidas por muitas famílias que já dedicam uma parte substancial do seu rendimento à renda da casa.














