Fernando Alexandre estimou que existam ainda “cerca de mil horários completos por preencher” a nível nacional.

Esta visão contrasta com os dados da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), que alerta para um cenário mais grave.

Segundo a federação, há cerca de 276 mil alunos afetados pela falta de docentes, dos quais “mais de quatro mil são crianças do 1.º ciclo em risco de começar o ano sem professor”. O ministro da Educação dirigiu ainda críticas às autarquias, em particular à Câmara Municipal de Lisboa, por falhas na criação de alojamento para docentes, considerando que é uma área onde é preciso fazer muito mais. Para os sindicatos, a solução passa por tornar a profissão mais atrativa, uma matéria que a tutela prometeu começar a negociar ainda este mês, com a revisão do Estatuto da Carreira Docente.

A situação evidencia como a crise da habitação transcende o setor imobiliário, impactando diretamente serviços públicos essenciais como a educação.