No entanto, a forte e crescente procura continua a superar a oferta disponível, resultando numa subida generalizada dos preços de venda e arrendamento em quase todos os 17 concelhos da região.
Especialistas do setor, como Alfredo Valente da iad Portugal e Ricardo Valente da Savills Porto, confirmam que a região se afirmou como um polo de qualidade de vida e investimento. Apesar do impulso na construção nova, principalmente em Vila Nova de Gaia e Matosinhos, os dados do idealista/data mostram que a oferta total de casas para venda no Grande Porto diminuiu 7% no último ano, sugerindo que a nova construção é rapidamente absorvida.
Esta pressão reflete-se nos preços: concelhos periféricos como Vale de Cambra e Arouca registaram as maiores subidas anuais, superiores a 39%, enquanto Porto, Gaia e Matosinhos se mantêm como os mais caros.
No mercado de arrendamento, a oferta aumentou 62%, mas os preços não cederam, subindo em quase todos os municípios.
A procura é liderada por jovens portugueses, impulsionados por novos apoios, e por compradores internacionais, sobretudo norte-americanos, brasileiros e franceses.
A tendência de descentralização é clara, com as famílias a procurarem alternativas mais acessíveis nos concelhos periféricos, que beneficiam de melhores acessibilidades e projetos de requalificação.
A nível nacional, os dados do INE indicam que o aumento das rendas pagas pelos inquilinos estabilizou em 5,1% em agosto, mas a pressão no Grande Porto continua elevada.














