A transversalidade do tema demonstra a sua urgência e o impacto direto na vida das comunidades locais, tornando-o um campo de batalha político decisivo.

As propostas focam-se maioritariamente no aumento da oferta de habitação a custos controlados. Em Guimarães, o candidato do PS, Ricardo Costa, promete a construção de “mil casas a custos controlados”. Em Vila Real, o candidato socialista vai mais longe e especifica a construção de “um novo bloco de 36 habitações (...) exclusivamente para jovens, com rendas controladas”. A mesma linha é seguida por Inês de Medeiros (PS), que se recandidata em Almada com a habitação como prioridade, e por Soraia Pires (PS) em Ponte de Lima, que defende “habitação acessível para todos”.

A abordagem não é exclusiva do Partido Socialista.

Em Águeda, a candidata do Chega, Catarina Martins, também defende a “construção a custos controlados” como resposta à carência habitacional, que associa à “entrada descontrolada de imigrantes”.

Em Leiria, Paulo Ventura, da Iniciativa Liberal, foca-se no alojamento estudantil, propondo a deslocalização da prisão-escola para libertar terrenos para “mais habitação estudantil” e, consequentemente, “libertar mais habitação para as famílias”. Estas propostas refletem um consenso alargado sobre a necessidade de intervenção municipal para aumentar a oferta e garantir o acesso à habitação, independentemente da cor política.