Esta abordagem visa aproveitar o parque imobiliário existente que se encontra vazio, convertendo-o em resposta às carências habitacionais.

Em São João da Madeira, o Bloco de Esquerda (BE) apresentou uma proposta concreta para "a mobilização dos cerca de 900 imóveis devolutos existentes na cidade para a criação de habitação a custo controlado". Esta medida faz parte de um programa mais vasto que inclui também a reserva de 25% de toda a nova construção para rendas controladas.

A estratégia do BE foca-se em intervir diretamente no mercado, utilizando o património subaproveitado como uma ferramenta para regular os preços e garantir o acesso à habitação.

De forma semelhante, em Porto de Mós, o candidato do PSD, Jorge Vala, mencionou que a sua estratégia de habitação passou pela requalificação, face aos dados dos censos de 2021 que revelaram "muitas casas devolutas". O candidato indicou que, na revisão do PDM, está a ser implementado "um processo de apoio para as zonas onde não existem ARU [Áreas de Reabilitação Urbana], para podermos apoiar a requalificação de todas as casas com mais de 30 anos". Esta convergência de propostas, vinda de espectros políticos distintos, sinaliza um consenso crescente de que a reabilitação e a ocupação de edifícios vazios são um caminho essencial para aliviar a pressão no mercado imobiliário.