Estas propostas visam travar a especulação imobiliária e garantir que o acesso à habitação não é determinado exclusivamente pelas forças de mercado.
O movimento "Porta a Porta - Casa para Viver" reagiu à notícia de um possível aumento legal das rendas em 2,24% para 2026, exigindo que o Governo "intervenha na regulação e fixação do preço das rendas".
A organização argumenta que os aumentos reais no mercado são muito superiores e que é necessária uma política que alinhe os preços com o poder de compra das famílias. No plano político, o Bloco de Esquerda (BE) tem sido uma das vozes mais ativas na defesa de rendas controladas. Em São João da Madeira, a candidatura autárquica do BE propõe que "25% de toda a nova construção seja destinada a rendas controladas". A mesma lógica é aplicada em Aveiro, onde a candidatura bloquista defende a reserva de um quarto dos apartamentos em grandes empreendimentos para "arrendamento a custos controlados". Estas propostas refletem uma visão de que o mercado de arrendamento necessita de uma intervenção pública robusta para corrigir as suas falhas, garantindo que a habitação cumpra a sua função social e não seja apenas um ativo financeiro. A pressão por estas medidas tende a aumentar à medida que a crise de acessibilidade se agrava em várias cidades do país.














