O presidente da AIMA, Pedro Portugal Gaspar, considerou o balanço positivo, destacando que o acordo, conhecido como "via verde" das migrações, está a ganhar expressão quantitativa.

Celebrado há quatro meses, o protocolo envolve cinco confederações patronais e, mais recentemente, a adesão de 19 grandes grupos empresariais.

Um dos pilares do acordo é a obrigação das entidades empregadoras de assegurarem condições de alojamento para os trabalhadores contratados, uma medida crucial num contexto de crise habitacional.

Além do alojamento, as empresas devem garantir o ensino da língua portuguesa e formação profissional.

Pedro Portugal Gaspar sublinhou que, embora a AIMA ainda esteja a regularizar muitos processos pendentes, o objetivo é que "grande parte das entradas de estrangeiros seja feita através deste mecanismo". A iniciativa visa criar um canal de migração regulada que responda às necessidades de mão de obra de setores como a agricultura, ao mesmo tempo que procura garantir condições dignas de acolhimento, incluindo a habitação, um dos maiores desafios para os imigrantes em Portugal. O presidente da AIMA realçou também o reforço de 9,1% nos recursos humanos da agência no último ano, o que demonstra uma maior capacidade de resposta.