Candidatos de todo o espectro político, de Sintra a Aveiro, apresentam propostas para mitigar a falta de casas acessíveis, refletindo a urgência do problema no debate político local. A transversalidade do tema é evidente nas propostas apresentadas por candidatos de diversos municípios e partidos. Em Sintra, por exemplo, a questão da "habitação acessível" é mencionada por candidatos do Chega, Nova Direita, CDS-PP, PSD/IL/PAN e Bloco de Esquerda, que apontam a falta de casas e os preços inacessíveis como problemas centrais.
As soluções propostas variam, mas convergem na necessidade de uma intervenção municipal. O candidato do PS a Borba elegeu a habitação como uma das suas prioridades, defendendo a disponibilização de lotes municipais para autoconstrução e a aposta na reabilitação urbana para o mercado de arrendamento.
Em Aveiro, o candidato da coligação PSD-CDS-PPM, Luís Souto, declarou que "chegou a altura de começar a construir" habitação social, propondo também parcerias público-privadas e habitação a custos controlados. Esta visão é partilhada por outros candidatos, como o do PS em Penalva do Castelo, que visa criar "habitação a custos controlados", e a da CDU no Porto, Diana Ferreira, que defende a construção de mais casas de renda "efetivamente acessível".
A crise habitacional tornou-se, assim, um campo de batalha político onde se joga a capacidade de resposta dos futuros autarcas a uma das maiores preocupações dos cidadãos.














