Projetos em Lisboa, Silves e Matosinhos demonstram como o património devoluto está a ser transformado para responder à procura por novos espaços.
Esta tendência é visível em várias operações de relevo. Em Lisboa, o Edifício D. Carlos I, com cerca de 5.000 metros quadrados no bairro de Santos, foi vendido para ser reabilitado para uso residencial e comercial, refletindo o interesse de investidores em ativos com potencial de valorização em zonas históricas. No Algarve, a emblemática Fábrica do Inglês, em Silves, foi adquirida num investimento de 25 milhões de euros para dar lugar a uma unidade hoteleira de charme, prevendo-se a criação de 80 postos de trabalho e a reabertura do Museu da Cortiça. Em Matosinhos, duas antigas fábricas de conservas, abandonadas há décadas, estão a ser convertidas no maior hotel da marca Moov em Portugal, num investimento de 16 milhões de euros. Estes projetos indicam uma clara aposta do mercado na regeneração urbana como forma de aumentar a oferta de alojamento, seja para habitação ou para turismo.
A reabilitação permite não só responder à procura, mas também preservar o património arquitetónico e revitalizar áreas urbanas, embora possa também levantar questões sobre o impacto nos preços e na gentrificação das zonas intervencionadas.














