Os dados sublinham a crescente concentração populacional e de riqueza no litoral, em contraste com o envelhecimento e a baixa densidade do interior.

A análise da Pordata evidencia o fosso existente no mercado imobiliário nacional.

Lisboa destaca-se como o município com o valor mediano de avaliação bancária por metro quadrado mais elevado, atingindo 3.826 euros em 2024, um aumento de 23% desde 2021. No extremo oposto, em concelhos como Penedono, o valor é de apenas 574 euros.

Esta disparidade de preços reflete e acentua as desigualdades demográficas.

A Amadora é o concelho com maior densidade populacional, com 7.637 habitantes por quilómetro quadrado, enquanto Alcoutim, no Algarve, mantém-se como o menos denso, com apenas quatro residentes por quilómetro quadrado.

O estudo mostra que 25,3% da população portuguesa concentra-se em apenas 3% do território, correspondente aos dez municípios mais populosos.

Estes dados fornecem um contexto crucial para as eleições autárquicas, ilustrando os desafios distintos que os futuros autarcas enfrentarão, desde a gestão da pressão urbanística e dos custos da habitação no litoral até ao combate à desertificação e ao envelhecimento no interior.