A dificuldade em encontrar alojamento acessível constitui uma barreira à mobilidade profissional e ao preenchimento de vagas essenciais nos serviços públicos.
O início do ano letivo volta a expor as dificuldades sentidas por milhares de professores que são colocados a centenas de quilómetros de casa. Um docente de Penafiel, colocado no Algarve, a 600 quilómetros da sua residência, exemplifica o drama de encontrar “alojamento” a preços comportáveis, um problema que se tornou crónico.
A situação agrava-se em regiões onde a pressão turística inflaciona o mercado de arrendamento, tornando-o inacessível para os salários da função pública.
Para mitigar este problema, existem apoios específicos, como o “apoio à renda” e o “apoio à deslocação”.
Além disso, a legislação prevê “contratos de arrendamento para fins especiais transitórios”, com duração inferior a um ano e sem renovação automática, pensados para estas situações de mobilidade temporária.
No entanto, a oferta de imóveis nestas condições é escassa e os apoios são, muitas vezes, insuficientes para cobrir os custos reais. A falta de soluções habitacionais adequadas não só penaliza os profissionais, como compromete o funcionamento de serviços públicos essenciais, como a educação, ao dificultar a colocação de professores em zonas carenciadas.














