Este indicador positivo, no entanto, contrasta fortemente com a realidade vivida no Alentejo.

Naquela região, o licenciamento de edifícios recuou 2,8% e, de forma mais preocupante, o número de fogos em construções novas para habitação familiar diminuiu 11,8%. A quebra no Alentejo estende-se também às obras concluídas, com o número de edifícios a cair 12,4% e o de fogos novos para habitação a descer 42,8%.

Esta divergência regional sugere que, apesar de um impulso nacional, existem estrangulamentos ou dinâmicas de mercado específicas que estão a travar o desenvolvimento da construção em certas zonas do país. A situação no Alentejo é particularmente relevante num contexto de crise habitacional, onde a falta de nova oferta é um dos fatores que pressiona os preços.

A quebra na construção nesta região pode agravar as dificuldades de acesso à habitação e contrariar os esforços para dinamizar os territórios do interior.