A proeminência do tema reflete a crescente preocupação dos cidadãos, como demonstra uma sondagem em Sintra que aponta o acesso à habitação como a “questão mais crítica”.
De Lisboa a Coimbra, passando por Portalegre e Póvoa de Varzim, a habitação é um campo de batalha eleitoral. Em Lisboa, o atual presidente Carlos Moedas (PSD/CDS/IL) promete “o maior projeto de habitação que Lisboa viu nas últimas décadas”, com a disponibilização de 250 hectares para novos bairros e um programa para jovens nos bairros históricos. Em Coimbra, o debate foi aceso: a candidata do PS, Ana Abrunhosa, prometeu mil novos fogos para arrendamento acessível, enquanto o atual presidente, José Manuel Silva (PSD/IL/CDS), destacou os projetos em curso.
A CDU, tanto em Coimbra como na Póvoa de Varzim, criticou a ausência de políticas de habitação social e defendeu o apoio ao movimento cooperativo.
No Porto, o candidato do Livre, Hélder Sousa, ambiciona que 30% do parque habitacional da cidade esteja “fora do mercado especulativo”.
Em Portalegre, a candidata do PSD/CDS-PP, Fermelinda Carvalho, tem a “habitação acessível” como prioridade, enquanto o seu opositor da CLIP, Ricardo Romão, critica a inação na Estratégia Local de Habitação.
Esta unanimidade temática demonstra que os eleitores exigem respostas concretas para um problema que afeta a sua qualidade de vida e capacidade de fixação nos centros urbanos e no interior.













