Esta tendência de alívio nos encargos, que se verifica há 19 meses consecutivos, reflete a evolução das taxas Euribor e traduz-se numa prestação média mensal que estabilizou nos 394 euros.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de juro média para a totalidade dos contratos recuou 0,078 pontos percentuais face a julho. Desde o pico atingido em janeiro de 2024, a redução acumulada já ultrapassa os 1,35 pontos percentuais, o que representa um alívio significativo para as famílias com empréstimos de taxa variável. A prestação média mensal manteve-se nos 394 euros, um valor idêntico ao de há dois anos e 10 euros inferior ao registado em agosto de 2024. Deste valor, 199 euros correspondem ao pagamento de juros.

Nos contratos mais recentes, celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro é ainda mais baixa, situando-se em 2,883%.

No entanto, a prestação média para estes novos créditos subiu para 651 euros, um aumento de 5,5% em termos homólogos, o que sugere que a descida dos juros está a ser contrabalançada pelo aumento do capital médio em dívida, impulsionado pela subida dos preços das casas.