Autarcas e candidatos em várias cidades prometem agilizar os procedimentos, enquanto se acumulam atrasos na execução de projetos financiados, nomeadamente pelo PRR.

A dificuldade em concretizar projetos habitacionais dentro dos prazos é uma preocupação crescente.

A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo alertou para a morosidade dos processos junto do IHRU e para a falta de interesse das empresas de construção em concursos públicos, o que coloca em risco a execução de 1.200 apartamentos e o financiamento a 100% ao abrigo do PRR. O presidente da CIM, Manuel Jorge Valamatos, defendeu a necessidade de prorrogar os prazos para além de 2026 para não onerar os orçamentos municipais.

A lentidão dos licenciamentos é também um tema central no debate autárquico.

Em Coimbra, tanto o atual presidente, José Manuel Silva, como a candidata socialista, Ana Abrunhosa, reconheceram o problema, embora discordando sobre se a situação melhorou.

Em Lisboa, Carlos Moedas prometeu combater a burocracia e acabar com o “licenciamento zero”.

Os dados do primeiro semestre de 2025 indicam a submissão de pedidos para 35 mil novas casas, mas a concretização destes projetos depende de uma maior celeridade por parte das autarquias, que se veem confrontadas com a complexidade da legislação e, por vezes, com a falta de recursos técnicos para dar resposta atempada.