Em Lisboa, a disputa é particularmente acesa.

A candidata da coligação de esquerda, Alexandra Leitão, promete a construção de 4.500 novas casas até 2029 e a imposição de um travão a novos alojamentos locais e hotéis no centro da cidade. Em resposta, o atual presidente e recandidato, Carlos Moedas, foca-se na criação de novos bairros no Vale de Santo António e Chelas e no programa "De Volta ao Bairro" para fixar jovens nos centros históricos. Em Coimbra, a candidata socialista Ana Abrunhosa compromete-se com a disponibilização de mil habitações a custos acessíveis num mandato de quatro anos. Em Loures, o recandidato do PS, Ricardo Leão, destaca o investimento em curso para quase 300 novas habitações destinadas a mais de 1.200 pessoas, focando-se na "habitação condigna para as famílias mais vulneráveis". A mesma tónica é visível noutros municípios, como em Portalegre, onde as candidaturas da coligação PSD/CDS-PP e do movimento independente CLIP colocam a habitação e a fixação de população como prioridades.

A proeminência do tema demonstra o reconhecimento generalizado de que a crise habitacional transcendeu a esfera nacional, exigindo respostas locais concretas e urgentes para garantir o acesso a uma casa, fixar jovens e revitalizar os centros urbanos.