Este valor representa o nível mais baixo desde abril de 2023 e dá continuidade a uma trajetória de descida que reflete o abrandamento das taxas Euribor, após os picos registados no ano anterior. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a descida dos juros tem tido um impacto direto na prestação da casa. O valor médio da prestação mensal estabilizou nos 394 euros, um valor idêntico ao do mês anterior, mas que representa uma diminuição de 10 euros face a agosto de 2024. Deste montante, 199 euros (51%) são destinados ao pagamento de juros, enquanto 195 euros (49%) correspondem à amortização do capital.
A tendência de queda é ainda mais acentuada nos novos contratos celebrados nos últimos três meses, onde a taxa de juro desceu para 2,883%.
No entanto, nestes novos empréstimos, o valor médio da prestação subiu para 651 euros, um aumento de 5,5% em termos homólogos, o que se explica pelo aumento do capital médio em dívida, que atingiu 161.321 euros. Esta subida do endividamento reflete o contínuo aumento dos preços das casas, que anula parte do benefício da descida das taxas de juro para os novos compradores. A situação evidencia um mercado a duas velocidades: enquanto os detentores de créditos antigos beneficiam de um alívio, os novos mutuários enfrentam prestações elevadas devido ao alto custo da habitação.













