Esta contração do mercado, analisada pelo idealista/data, afeta quase todo o território nacional e é um dos principais fatores por detrás da escalada de preços, criando um desequilíbrio significativo entre a procura e a oferta.

A redução do stock de imóveis é particularmente severa em alguns distritos.

Leiria e Coimbra lideram as quedas, com reduções de 52% e 51%, respetivamente, desde o quarto trimestre de 2018. Outras regiões fortemente pressionadas incluem Lisboa, com uma descida de 39%, e Faro, com menos 38% de casas disponíveis. No Porto, a quebra foi de 22%, enquanto nos arquipélagos, a Madeira e São Miguel registaram descidas de 32% e 35%, respetivamente. A situação é ainda mais crítica nas capitais de distrito, onde a escassez se manifesta de forma mais intensa.

Leiria volta a destacar-se com uma quebra de 77%, seguida por Beja (-68%), Coimbra (-56%) e Évora (-45%).

Nas duas maiores cidades do país, Lisboa e Porto, as reduções foram de 42% e 39%, respetivamente.

Esta diminuição generalizada da oferta de imóveis residenciais, tanto em centros urbanos como em zonas mais periféricas, agrava a crise habitacional, tornando o acesso à compra de casa cada vez mais difícil para as famílias portuguesas e contribuindo para a contínua valorização dos ativos imobiliários existentes.