Em contraste, as propinas representam apenas 8% deste valor, evidenciando que o principal obstáculo financeiro para frequentar o ensino superior não são as taxas académicas, mas sim o elevado custo de vida, especialmente nas grandes cidades universitárias.
Esta realidade coloca uma pressão financeira insustentável sobre muitas famílias e cria barreiras significativas à igualdade de oportunidades.
Em resposta a esta carência, surgem algumas iniciativas pontuais.
Em Coimbra, a Associação Académica (AAC) apresentou uma moção para as eleições autárquicas focada na habitação estudantil, procurando soluções a nível local.
No Porto, a Ordem dos Frades Menores Capuchinhos anunciou a criação de uma residência universitária com capacidade para 22 estudantes, oferecendo quartos com preços que variam entre 150 e 280 euros mensais, valores consideravelmente abaixo dos praticados no mercado privado.
Estas iniciativas, embora meritórias, são insuficientes para resolver um problema estrutural que afeta milhares de jovens e compromete a capacidade do país em reter talento qualificado.














