Em contraste, as compras por residentes em Portugal aumentaram 17,7%, totalizando 40.782 operações.
A quebra no investimento estrangeiro é atribuída a alterações políticas significativas, nomeadamente o fim do programa de Vistos Gold e as modificações no regime fiscal para residentes não habituais.
Estas medidas, destinadas a reduzir a pressão sobre o mercado imobiliário, parecem estar a produzir os efeitos pretendidos no que toca à diminuição da procura internacional.
A nova conjuntura é interpretada por alguns analistas como uma oportunidade para os compradores nacionais.
Com menor concorrência internacional, especialmente nos segmentos mais elevados, algumas habitações, sobretudo fora dos grandes centros de Lisboa e Porto, poderão tornar-se mais acessíveis.
Este cenário é visto como uma "chance de investir em melhorias que aumentem a eficiência energética", permitindo que as famílias portuguesas não só adquiram casa, mas também apostem em soluções sustentáveis que gerem poupanças a longo prazo.
Resta, contudo, avaliar se esta diminuição da procura externa terá um impacto real e significativo na moderação dos preços para o comprador nacional médio, que continua a enfrentar uma crise de acessibilidade sem precedentes.













