Esta contração da oferta não se limita a uma região e é um dos fatores que explicam a contínua pressão sobre os preços. A "pouca oferta" é consistentemente apontada como um dos principais motores da crise, a par da especulação imobiliária e da procura internacional, como referido em vários artigos que analisam os dados do Eurostat sobre a emancipação dos jovens.

A falta de imóveis disponíveis no mercado, seja para venda ou arrendamento, cria um desequilíbrio que beneficia os vendedores e proprietários, tornando o acesso à habitação cada vez mais difícil para a maioria das famílias portuguesas.

As políticas públicas focadas em estimular a procura, sem um aumento correspondente e significativo da oferta, correm o risco de ser insuficientes ou mesmo contraproducentes, alimentando a espiral de preços.