As acusações centram-se no alegado favorecimento da especulação e no agravamento dos preços, em detrimento da proteção dos inquilinos e do acesso à habitação. O secretário-geral do Partido Socialista, José Luís Carneiro, acusou o executivo de ter implementado políticas do lado da procura que fizeram os custos da habitação "subir em espiral", tornando Portugal um dos países da OCDE com maior aumento. Na mesma linha, a presidente da Iniciativa Liberal, Mariana Leitão, criticou o Governo por ter "potenciado a procura, mas não ter resolvido nada do lado da oferta", insistindo na necessidade de medidas como a redução do IVA na construção.
A crítica mais dura veio do movimento cívico "Porta a Porta", que classificou o novo pacote de medidas como um "cocktail-bomba para implodir com os inquilinos". O movimento denuncia que as novas regras extinguem as últimas proteções aos arrendatários, facilitam os despejos e beneficiam "todos os que especulam com as casas", prometendo anunciar ações de luta nos próximos dias.
Estas reações demonstram uma profunda divisão sobre a estratégia a seguir, com os críticos a defenderem maior regulação e investimento público, em oposição às medidas de incentivo fiscal e de mercado propostas pelo Governo.













