Os dados do Banco de Portugal revelam a forte adesão à medida, que permite o financiamento a 100% do valor do imóvel. Nos primeiros seis meses do ano, foram celebrados 10.500 contratos ao abrigo deste regime, totalizando um montante de dois mil milhões de euros. Estes números representam 13% do número total de contratos de crédito à habitação e 17% do montante total concedido no período. A importância do programa é ainda mais evidente no segmento específico da aquisição de habitação própria e permanente, onde estes créditos corresponderam a 21% do número de contratos e 23% do montante. O montante médio dos empréstimos com garantia estatal fixou-se em 194 mil euros, um valor superior tanto à média dos créditos a jovens que não recorreram à garantia (180 mil euros) como à média do total do crédito à habitação (151 mil euros). O programa permitiu que os jovens acedessem a financiamento com um rácio LTV (loan-to-value) médio de 99%, contrastando com os 82% dos jovens sem garantia.
A taxa de esforço (DSTI) para estes mutuários foi de 35%, superior à média geral.
A popularidade da medida reflete a dificuldade dos jovens em acumular o capital próprio necessário para a entrada, um dos maiores obstáculos à compra de casa.
Paralelamente, o PAN defendeu o regresso do “crédito bonificado”, outra forma de apoio estatal, demonstrando que os auxílios públicos ao crédito continuam a ser um tema central no debate sobre habitação.













