Este é o crescimento homólogo mais elevado desde julho de 2008, antes da crise financeira global. O montante total de empréstimos a particulares, que inclui também o crédito ao consumo, cresceu 8,2%, igualmente a maior taxa de variação desde 2008. Este aumento do endividamento é parcialmente alimentado pela forte adesão dos jovens ao programa de garantia estatal, que no primeiro semestre de 2025 foi responsável por 2 mil milhões de euros em novos créditos. A medida, que permite o financiamento integral do imóvel, elimina a barreira do capital de entrada, mas contribui para um maior volume de dívida por contrato.

O montante médio dos contratos com garantia estatal foi de 194 mil euros, superior à média geral de 151 mil euros.

A análise da Confidencial Imobiliário sobre as novas medidas fiscais do Governo indica que os limites de preço para a redução do IVA (648 mil euros) abrangem a maioria do mercado em Lisboa e Porto, o que pode continuar a sustentar a procura por crédito em valores elevados. A combinação de preços altos e a necessidade de recurso ao crédito para a aquisição de habitação está a levar o endividamento das famílias a níveis não vistos em mais de uma década e meia.