O líder do PS, José Luís Carneiro, manifestou a sua surpresa, afirmando que tal valor só pode ser proposto por "alguém que não conhece o país e não vive os problemas dos jovens portugueses".

De forma semelhante, André Ventura, do Chega, acusou o Primeiro-Ministro de estar "desfasado da realidade". O Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, admitiu que o valor "é mesmo muito dinheiro" e que as medidas têm causado "muita confusão", mas justificou o teto como um limite máximo para a concessão de benefícios fiscais, necessário para incentivar a colocação no mercado de arrendamento de casas para famílias em zonas de alta pressão como Lisboa, Porto e Península de Setúbal. Montenegro argumentou que nestas áreas, profissionais essenciais como médicos, professores e polícias enfrentam uma "inacessibilidade gritante ao mercado de arrendamento".

A controvérsia foi sentida no terreno, com uma popular a confrontar diretamente o Primeiro-Ministro durante uma ação de campanha: "Não tenho 2.000 euros para arrendar uma casa". O ministro Miguel Pinto Luz defendeu a medida, questionando a perceção de que uma família com um rendimento mensal de 5.750 euros, necessária para suportar tal renda, já é considerada rica em Portugal, atribuindo o problema aos baixos salários do país.