Este indicador, crucial para a concessão de crédito à habitação, reflete a persistente pressão sobre os preços no mercado imobiliário nacional.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor mediano de avaliação bancária fixou-se em 1.965 euros por metro quadrado (€/m²) em agosto, representando um aumento de 20 euros face ao mês anterior e uma subida homóloga de 18,1%.
Este crescimento contínuo, que se verifica pelo 13.º mês consecutivo, abrangeu todo o território, não se tendo registado qualquer descida regional em termos homólogos.
A subida mais acentuada ocorreu na Península de Setúbal, com um aumento de 24,7% face a agosto de 2024. No que toca à variação mensal, a região do Oeste e Vale do Tejo apresentou o crescimento mais expressivo, com uma subida de 3%.
Os valores mais elevados continuam a ser observados na Grande Lisboa (2.991 €/m² para apartamentos) e no Algarve (2.681 €/m² para apartamentos), enquanto o Centro registou o valor mais baixo (1.472 €/m²).
A análise do INE baseou-se em cerca de 31.700 avaliações bancárias, um número ligeiramente inferior ao do ano anterior.
A subida dos preços é transversal a diferentes tipologias, com os apartamentos T1 a registarem o maior aumento mensal (48 euros), atingindo um valor mediano de 2.914 €/m². Esta valorização constante tem um impacto direto no acesso à habitação, uma vez que os bancos tipicamente financiam até 90% do menor valor entre o preço de compra e a avaliação, exigindo um esforço de capital próprio cada vez maior por parte das famílias.














