Esta abordagem contrasta com as medidas implementadas pelos executivos anteriores, que limitaram as subidas e criaram subsídios específicos.
O coeficiente de atualização de 2,24% aplica-se a contratos de arrendamento existentes.
A lei permite ainda que os senhorios que não realizaram atualizações nos últimos três anos possam aplicar os coeficientes acumulados, o que, em teoria, poderia resultar num aumento superior a 11%.
No entanto, a principal mudança na política governamental reside na ausência de um mecanismo de compensação direta para os arrendatários. O ministro da Habitação e das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, confirmou que, em vez de apoios diretos, os inquilinos poderão contar com "uma maior dedução de rendas em sede de IRS, que passa de 700 para 1.000 euros" até 2027, descrevendo esta medida como "direta ao bolso dos inquilinos". Esta alteração estratégica sinaliza uma viragem, apostando em alívios fiscais em detrimento de subsídios mensais. Paralelamente, o ministro esclareceu que a eliminação do limite de 2% para o aumento de rendas em novos contratos, uma medida do anterior governo, ainda não está decidida. O Executivo planeia revisitar o Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU) até dezembro, em diálogo com autarquias e associações do setor, para apresentar um novo modelo.














