Esta iniciativa gerou uma intensa controvérsia política e social.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, defendeu a medida, afirmando que a Autoridade Tributária terá um papel fiscalizador rigoroso, garantindo que os promotores imobiliários cumprem os tetos de venda e arrendamento para beneficiar da redução do IVA, caso contrário terão de devolver o benefício fiscal. Pinto Luz rejeitou a ideia de que os limites definidos irão aumentar a especulação, argumentando que “o mercado vai funcionar” e que os valores não se aplicarão de forma generalizada em todo o país, como em Oleiros.
No entanto, a oposição reagiu de forma veemente.
A deputada socialista e ex-ministra da Habitação, Marina Gonçalves, considerou os valores “desajustados do rendimento” dos portugueses e alertou que “o PS nunca se associará a estes valores”. José Luís Carneiro, secretário-geral do PS, previu que a medida provocará uma “subida em espiral no custo dos arrendamentos”, prejudicando a classe média e os jovens.
A candidata à Câmara de Lisboa, Alexandra Leitão, atacou o presidente Carlos Moedas pelo seu silêncio sobre a questão, questionando como é que os lisboetas devem reagir ao saberem que imóveis serão usados para “rendas de 2.300€”. A CGTP também criticou o conceito, considerando-o “desfasado da realidade” num país onde o salário médio é de 1.741 euros, alertando que a medida poderá incentivar uma subida generalizada das rendas até ao limite máximo para os senhorios usufruírem do benefício fiscal.














