Em todo o país, os candidatos dos principais partidos e movimentos independentes apresentam propostas para responder à escassez de oferta e aos preços elevados, transformando o debate local num reflexo das tensões nacionais sobre esta matéria.
Em vários municípios, as candidaturas focam-se na necessidade de aumentar o parque habitacional público e garantir rendas acessíveis. Em Aveiro, o Bloco de Esquerda propõe duplicar o parque habitacional público no prazo de 10 anos. Em Guimarães, a mesma força política defende a criação de um Parque Municipal de Habitação, a reabilitação de edifícios devolutos e a limitação do Alojamento Local. Em Lisboa, a candidata da coligação de esquerda, Alexandra Leitão, promete rendas acessíveis e programas de apoio para a adaptação de habitações para pessoas com deficiência.
O candidato do RIR, Luís Mendes, vai mais longe e defende a construção de 11 mil casas em 10 anos.
No Funchal, o PAN também coloca a “habitação acessível e sustentável” como uma das suas prioridades.
As propostas estendem-se a concelhos de menor dimensão, como Ourique, onde a candidata do Chega defende a revisão do Plano Diretor Municipal para permitir mais construção, e em Seia, onde o mesmo partido propõe o arrendamento de casas devolutas a custos controlados para jovens e profissionais deslocados. O tema é tão transversal que até em freguesias como Aguçadoura e Costa da Caparica, os candidatos apresentam soluções para habitação a custos controlados e reabilitação de imóveis.














