Esta mudança, acompanhada por um envelhecimento acentuado, terá implicações significativas em todos os setores da sociedade, incluindo o mercado de habitação.
Segundo um estudo de Projeções de População Residente do Instituto Nacional de Estatística (INE), a população portuguesa passará dos atuais 10,7 milhões para 8,3 milhões de habitantes no final do século. A diminuição não será imediata, prevendo-se um aumento ligeiro até 10,9 milhões em 2029, seguido de um declínio contínuo. O país deverá ficar abaixo dos 10 milhões de habitantes em 2057. O estudo sublinha o papel crucial da imigração: num cenário sem fluxos migratórios, a população residente seria de apenas 6 milhões em 2100.
O envelhecimento será uma das marcas mais vincadas desta transição.
O número de jovens até aos 15 anos diminuirá de 1,4 milhões para menos de um milhão, enquanto a população idosa (65+ anos) aumentará de 2,6 para 3,1 milhões.
O índice de envelhecimento poderá atingir os 400 idosos por cada 100 jovens em regiões como a Madeira, Açores e Norte, que se tornará a região mais envelhecida do país. Esta inversão da pirâmide etária agravará o índice de dependência de idosos, que passará de 39 para 73 idosos por cada 100 pessoas em idade ativa. A nível regional, o Norte poderá deixar de ser a zona mais populosa a partir de 2080, cedendo o lugar à Grande Lisboa.














