Segundo Pinto Luz, este limite destina-se a abranger também famílias da classe média, como casais que aufiram, no total, cinco mil euros mensais.
A oposição, no entanto, criticou duramente o conceito, argumentando que um valor tão elevado não pode ser considerado moderado no atual contexto de crise habitacional e salarial do país.
Os dados do mercado de arrendamento reforçam esta perceção: nos municípios com mais de 100 mil habitantes, a renda mediana cobrada nos novos contratos em 2024 ficou significativamente abaixo deste limite. A controvérsia em torno do termo "renda moderada" dominou o debate político, com a oposição a acusar o Governo de criar políticas desajustadas da realidade e de favorecer os proprietários em detrimento dos inquilinos. Especialistas em comunicação política apontaram a escolha do termo como uma "questão de marketing político" que acabou por gerar um efeito negativo, desviando o foco das restantes medidas do pacote de habitação.














